sábado, 31 de março de 2012

RoboCop (1987)

Mais um da série "anos 80". Depois de muitos anos, assisti esse filme de novo (no Telecine Cult, veja você). Ao contrário de Quanto Mais Idiota Melhor, não fiquei revoltado e nem achei que era um lixo, baseado na Regra dos 15 Anos. O que mais me impressionou, mais uma vez, foi como a estética dos anos 80 era muito marcante e muito diferente da atual, em vários aspectos (e não apenas nos cabelos e roupas, como salta aos olhos no primeiro momento).

Antes disso, a história do filme: um policial é "morto" em ação e utilizado para um projeto piloto, onde parte de seu corpo é fundido com partes robóticas para criar o policial ideal. Porém, aos poucos a consciência dele vai voltando e o projeto vai começando a dar errado.

Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi o conceito de "alta tecnologia" da época. Talvez influenciado pela megalomania da "Guerra nas Estrelas" da época da Guerra Fria, nesse filme (e em outros da época) a tecnologia significa robôs, muitas luzes, e grandes sistemas interligados cuja função é controle e opressão. Claro que querer que eles tivessem previsto a internet é demais, mas é curioso entender o pensamento da década quanto à tecnologia e sua função.

Outro ponto interessante é a violência. Esse filme é um exemplo clássico disso... a cena do policial Murphy sendo "morto" tem mão explodindo, sangue pra todo lado, e sadismo extremo do vilão do filme e líder da quadrilha (o mesmo ator que faz o pai do Eric Forman no That 70s Show, por sinal). A cena do RoboCop se vingando da quadrilha então, tem gente derretendo, explodindo, morrendo de tudo que é jeito. Um filme desses hoje seria censura para maiores de 18 anos, fácil, fácil. E na época não só era assistido por menores como ainda tinha uma linha de brinquedos.






E a heroína do filme então? Uma garota até bonitinha, mas normal, meio baixinha e gordinha... Hoje em dia a atriz principal não seria nada menos que uma Charlize Theron, ou Megan Fox, sei lá,e provavelmente cheia de efeitos visuais em cima ainda... É como aquelas cenas antigas dos Trapalhões, em que as mulheres bonitas eram bem diferentes das de hoje...

Hoje ela seria no máximo a vizinha engraçada.

De todo jeito, foi divertido assistir de novo. O filme é longe de ser fantástico, mas é razoavelmente divertido, e ainda serve como estudo sociológico da "década perdida". E passa no Telecine Cult, quem diria...

Nota: 8,0 (minha nota sempre se refere à primeira vez que assisti)

PS: Não tem muito a ver com o filme, mas sempre é divertido lembrar:

Um comentário:

  1. Gostei da postagem, mas Nancy Allen é gata de qualquer forma, especialmente naquela época, pós carreira de modelo fotográfica. Até mais, meus caros.

    ResponderExcluir