Já esse Os 12 Macacos é um filme excepcional, que aborda esse tema de passado e futuro, mas vai além, não apenas na história, um suspense a princípio meio confuso e recortado, mas que aos poucos vai se tornando extremamente cativante, mas também em toda a ambientação do filme, tanto no futuro quanto no presente. O diretor é o ex-Monty Python Terry Gilliam, e seu toque um tanto surreal é visto em todo o filme, especialmente no futuro distópico onde a humanidade foi forçada a se mudar para os subterrâneos depois que um vírus mortal dizimou 99% das pessoas.
Cole (o personagem de Bruce Willis, ótimo) é um prisioneiro nesse futuro, que concorda (um pouco contra a vontade) de participar de experimentos de viagem ao passado (com o toque genial de que nem sempre elas funcionam muito bem, ou seja, não há certeza de volta e nem precisão no destino), para tentar localizar uma amostra deste vírus antes de suas mutações, para que seja buscada uma cura que permita aos humanos voltarem à superfície, uma vez que o passado não pode ser alterado, e portanto a epidemia não pode ser evitada.
Na sua viagem ao passado (os dias atuais), Cole é dado como louco, e portanto internado. Lá conhece a psiquiatra Kathryn (Madeleine Stowe, para mim uma atriz subvalorizada, e que sumiu), e Jeffrey (Brad Pitt), um louco que chefia um grupo de anarquistas chamado O Exército dos 12 Macacos, suspeitos pelos cientistas do futuro de serem os responsáveis pelo "outbreak" do vírus. A história se complica bastante, e o final é sensacional, mas além disso a fotografia e o visual do filme são muito bons também. As atuações são ótimas, com destaque de longe para Brad Pitt que, acredito eu, começou a mostrar nesse filme que de fato é um bom ator e não apenas o queridinho das mulheres, chegando a ganhar um Globo de Ouro por seu papel nesse filme.
Interessante notar como os filmes de viagem no tempo podem ser divididos em 2 tipos: aqueles em que o passado pode ser mudado (como De Volta para o Futuro) e os que consideram a história passada imutável (como esse). Em geral, acabam sendo filmes mais sombrios, em que a noção de destino e de inevitabilidade da vida estão mais presentes. Não sei dizer se tenho um tipo favorito entre os dois, ambas as correntes têm filmes muito bons. Eventualmente falarei mais sobre eles por aqui. Por enquanto vai a indicação de um filme excelente, que até quem não é fã de ficção geralmente gosta.
Nota: 9,25 (10o na minha lista de filmes favoritos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário